"Venhas comigo" disse -- sem que nada supera
de onde e como ardia meu estado doloroso,
e para mim não havia chave nem barcarola,
nada senão uma ferida pelo amor aberta.
Repeti: vem comigo, como se eu morresse,
e nada veio em minha boca com lua que sangrava,
nada viu aquele sangue que subia ao silêncio.
Oh amor agora ouviremos a estrela com espinhos!
Por isso quando escutei que tua voz repetia
"Venhas comigo" -- fui como se desprendia
dor, amor, a fúria do vinho envelhecido.
Que desde sua bodega submergida subira
e outra vez em minha boca senti um sabor de chama,
de sangue e de chaves, de pedra e queimadura.( Pablo Neruda)
Mauro, você está simplesmente arrasando na escolha dos poemas!
ResponderExcluirEsse é maravilhoso, sublime!
Como pode um poeta escrever tão bonito assim?
É UM TURBILHÃO DE SENTIMENTOS!
Obrigada e ótima noite amigo!
Essa poesia é bela, viajante, agradeço seu sentimento, muito importante e motivador, Adriana, beijos!
ExcluirOi Mauro
ResponderExcluirBom gosto o seu
Pablo Neruda é superlativo.
Beijos
Tenho várias referências de qualidade, suas postagens estão incluídas nesse aprendizado, Van, beijos!
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